ESCOLINHA DE FUTEBOL OU ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS,VISANDO APENAS O TRABALHO LÚDICO, A EDUCAÇÃO E O LÁZER PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES DESSE MUNICIPIO DO SERTÃO ALAGOANO TÃO SOFRIDO!!!
Total de visualizações de página
sexta-feira, 18 de abril de 2014
BAGUNÇA NA SÉRIE B,JUSTIÇA DETERMINA, E PORTUGUESA ABANDONA JOGO AOS 17 MINUTOS DO PRIMEIRO TEMPO!!!
A Portuguesa ignorou liminar judicial e entrou em campo na primeira rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. No entanto, isso não foi suficiente para que o jogo contra o Joinville acontecesse. A decisão dos tribunais chegou às mãos do quarto árbitro, e o jogo desta sexta-feira foi interrompido aos 17min do primeiro tempo.
"Fomos ameaçados pela Justiça. Fui obrigado a retirar o time de campo, mesmo contra a minha vontade. Enquanto a liminar não cair, o time não pode entrar em campo. Acatamos o que a Justiça determinou. Temos medo de um WO, mas não temos o que fazer", disse Ilídio Lico, presidente da Portuguesa, em conversa por telefone com o UOL Esporte.
Com a situação, o árbitro Marcos André Gomes da Penha encerrou o confronto após mais de 30 minutos de paralisação. O juiz entregou a súmula em branco e afirmou que a CBF será responsável por decidir se a partida será disputada novamente ou se a Lusa perderá o jogo por WO.
A postura da Portuguesa já havia causado uma cisão interna no clube. Orlando Cordeiro de Barros, que ocupava a vice-presidência jurídica, não concordou com a decisão de entrar em campo e entregou o cargo nesta sexta-feira. Ele não estava sequer assistindo à estreia da equipe na Série B.
"Eu não estou acompanhando o que aconteceu. Estou sem televisão, mas eu sabia que seria assim. Avisei isso ontem [quinta-feira]. Eu falei que isso ia acontecer porque decisão judicial você cumpre, não desafia. O delegado que mandou a partida parar deve estar só cumprindo a ordem que passaram para ele. Isso é óbvio. Se a liminar não foi cassada, como você entra em campo?", questionou Cordeiro de Barros ao UOL Esporte.
A liminar foi concedida no dia 10 de abril pela juíza Adaísa Bernardi Isaac Halpern, da 3ª Vara Cível do Foro Regional da Penha, em São Paulo. A decisão é fruto de uma ação movida pelo torcedor Renato de Britto Azevedo, que contesta punição que a Portuguesa recebeu no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).
"Em face do exposto, concedo a antecipação de tutela e o faço para suspender os efeitos da decisão proferida pelo STJD em relação à Associação Portuguesa de Desportos, com o restabelecimento dos quatro pontos que lhe foram retirados", escreveu a juíza na decisão.
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) chegou a pedir reconsideração, mas a juíza negou. Por causa disso, a Portuguesa enviou à entidade nacional na quinta-feira um pedido para adiar o jogo contra o Joinville.
Até o início do duelo, a CBF não havia respondido (em parte, o silêncio deve-se ao recesso do feriado da Páscoa). Portanto, para evitar uma punição no âmbito esportivo, a Portuguesa decidiu ir a campo.
Durante o jogo contra o Joinville, a decisão judicial chegou ao delegado responsável pela partida. Por causa disso, o confronto foi interrompido aos 17min do primeiro tempo. A Portuguesa retirou o time de campo, e todos os atletas foram para o vestiário.
"Se essa liminar for cassada na terça-feira, automaticamente a Portuguesa perderá os pontos. A Portuguesa devia jogar e depois verificar a legalidade", disse Nereu Martinelli, presidente do Joinville, em entrevista ao "Sportv".
O pedido de interromper o jogo foi entregue ao delegado da partida por um oficial de Justiça. O quarto árbitro chegou a pedir que o confronto fosse retomado, mas a Portuguesa se recusou a voltar para o gramado e alegou que não podia descumprir a liminar.
"A orientação é para mantermos atletas em aquecimento. Estamos fazendo a nossa parte, que é esportiva. Existe um problema da Portuguesa no tribunal, e nós não temos nada a ver com isso", ponderou César Sampaio, superintendente de futebol do Joinville, antes de a partida ter sido encerrada pela arbitragem.
Procurado pelo UOL Esporte, o diretor jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes, estava em uma reunião na noite desta sexta-feira e não pôde conversar com a reportagem. O motivo do encontro, contudo, não foi esclarecido - não se sabe sequer se há ligação com o caso.
"Não faço ideia do que pode acontecer. A Portuguesa tentou ajudar, entrando em campo por decisão da diretoria, mesmo contra a orientação do departamento jurídico do clube. A CBF tem ciência da liminar desde o dia 10 de abril. Por causa disso, não creio em uma punição para a Portuguesa", relatou Daniel Neves, advogado da equipe paulista.
Às 20h22, o jogo foi oficialmente encerrado. "Eu sou funcionário do clube, sou treinador, e é uma decisão do presidente. Não fui eu que pediu para sair do campo, mas eu tenho de acatar. Sou funcionário e me resguardo de fazer qualquer outro comentário", disse Argel Fucks, técnico da Portuguesa, depois da decisão ter sido anunciada.
14.12.2013 - Torcedores da Portuguesa fazem manifestação na Av. Paulista contra possível perda de pontos;
Entenda o caso Portuguesa
11/12/2013 - Promotoria do STJD faz a denúncia
O procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, denuncia a Portuguesa por ter colocado em campo de forma irregular o meia Héverton contra o Grêmio, pedindo que a equipe paulista perdesse quatro pontos na tabela. No mesmo dia, ele também apontou para irregularidade parecida do Flamengo, que escalou o suspenso André Santos na mesma rodada.
A Portuguesa não conseguiu evitar a perda de quatro pontos pela escalação irregular do meia Heverton no empate por 0 a 0 com o Grêmio, na última rodada do Campeonato Brasileiro. Com a perda de pontos confirmada em julgamento realizado nesta segunda-feira, a equipe paulista é rebaixada para a Série B no lugar do Fluminense. O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) optou por obedecer o regulamento da competição. O Flamengo recebeu a mesma punição horas depois.
Esta foi apenas a primeira batalha judicial do caso. A Portuguesa irá recorrer da decisão ao Pleno do STJD, e a definição dos rebaixados pode acontecer apenas em 2014. O relator Felipe Bevilacqua pediu a perda de quatro pontos e multa de R$ 1 mil e foi acompanhado por três auditores, que - sem se justificar muito - votaram de acordo. Assim como o presidente da 1ª Comissão Disciplinar do STJD, Paulo Valed Perry.
"Os clubes devem se reunir para ver se essa sugestão de suspensão aplicada na sexta só passar a valer no primeiro dia útil seguinte. Na minha modesta opinião, não é. Já ouvi falar que o Corinthians cai nesse caso, que o Botafogo sai do G-4. Estamos falando de dois times grandes. Imaginem os senhores: estaremos reunidos aqui toda semana para avaliar isso. Não tem o menor cabimento", disse o relator Felipe Bevilacqua.
O relator criticou os argumentos sobre prazos da Portuguesa e citou outros casos de erros e punições para pedir a perda de pontos. "Usar a Fifa não adianta. A entidade já puniu, por exemplo, Cabo Verde na Eliminatória da Copa-2014 por escalação irregular", alegou. "Parece claro que houve um descuido da Portuguesa", completou Perry.
A Portuguesa foi penalizada com perda de quatro pontos: três de punição e os pontos conquistados na partida de escalação irregular (no caso, um). A decisão resultou em mudança na tabela e levou a Lusa para a 17ª posição, com 44 pontos - dois a menos do que o Fluminense, que sobe para o 16º lugar e se livra do rebaixamento. O Tricolor chegou a participar do julgamento como terceira parte interessada no processo.
O advogado do Fluminense, Mário Bittencourt, teve até direito a palavra no julgamento. "O que está se tentando fazer nessa semana é um achincalhe à história do Fluminense. O mundo sabe que um atleta suspenso na sexta não pode jogar no sábado ou no domingo. O mundo sabe!", argumentou.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário